segunda-feira, 28 de abril de 2008

temporal

tenho saudade do colo da mãe
do entendimento que ela me dava
em tempo de trovoada
bastava olhar pelas retinas de seus olhos e a chuva parava
hoje não é mais assim
quando a tempestade rompe
não há rezas nem olhares
há um vazio de gotas escorridas do céu
e meu medo de menino
sem os cuidados da mãe
um breu avança sobre meu sentido
olho pela casa e não vejo a presença dela
chamo seu nome
quem responde é a ausência